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Foto do escritorInstituto Neurofeedback

Sintonize um pensamento!

Atualizado: há 4 dias


Quantas vezes sua avó lhe disse num momento de medo: “Pensa em outra coisa, numa coisa boa.”? E você, num muxoxo responde: “Se fosse fácil assim, vó...”.


Pois então, a ciência vem comprovando que se num momento em que formos enfrentar uma situação que nos desafie e cause tensão, buscarmos ativamente uma memória afetivamente positiva, uma que traga a sensação de bem estar, e sintonizarmos com esta memória, conseguiremos desarmar áreas do cérebro que geram reações de medo, como a amigdala e suas conexões. Desarmando estas regiões, nosso cérebro consegue se dedicar de forma mais otimizada à tarefa angustiante, aumentando nosso desempenho. Muitos atletas usam desta estratégia momentos antes da prova. Pensam em suas famílias, no propósito que os levou até à prova e com isso encontram forças e motivação no enfrentamento do desafio. Este foi o resultado de um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e publicado no Journal Frontiers in Human Neuroscience. No experimento foi possível identificar regiões cerebrais ativadas e desativadas de acordo com a evocação da memória afetiva positiva.


A ciência comprova aquilo que conhecemos intuitivamente. Contudo, é bom salientar aqui que não se trata de pensamento mágico, com o qual podemos controlar a realidade externa. O que conseguimos é, sim, controlar nossa realidade interna, através de nossa fisiologia e com isso mudar nossa experiência do mundo. Para o cérebro não há diferença entre pensar e fazer. Quando pensamos ou visualizamos, o cérebro prepara a ação, atuando na nossa fisiologia. Aqui no Instituto Neurofeedback, nos treinos de nossos clientes, muitas vezes trabalhamos com a ideia de momento ou experiências âncoras. São memórias que reportam a sensações de plenitude, segurança e positividade, das quais se pode lançar mão quando os estados subjetivos estejam se encaminhando para situações de tensão e/ou elevação da ansiedade. Como um sintonizador de estações, podemos orientar nossa sintonia com o fluxo de pensamento atrelado às memórias com carga afetiva positiva e, com isso, além de afetarmos a fisiologia de forma benéfica, deixando o cérebro menos reativo, facilitamos o enfrentamento de situações adversas, também demonstramos que a vida é feita de momentos transitórios. Temos o poder de viajar em nossas mentes, cruzar o tempo em direção a experiências que foram positivas e ativar sensações que nos tragam segurança e esperança. O que queremos com isso: ensinar a capacidade de alternância entre estados mentais, afetando a percepção da realidade e, com isso, aumentar a eficácia de comportamentos. Isso não significa que em um momento de tensão iremos negar a realidade, mas sim podemos relativizá-la e dimensionar sua importância através de um novo olhar.

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