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O Papel do Nervo Vago nas Emoções e Controle do Estresse

  • Foto do escritor: Instituto Neurofeedback
    Instituto Neurofeedback
  • 14 de mai.
  • 2 min de leitura


O nervo vago, o mais longo dos nervos cranianos, desempenha um papel fundamental na regulação das emoções e no controle do estresse. Ele é uma peça-chave do sistema nervoso autônomo, que se divide em dois ramos principais: o sistema nervoso simpático (responsável pela resposta de "luta ou fuga") e o sistema nervoso parassimpático (associado ao estado de "descanso e digestão").


Nervo Vago e Sistema Nervoso Autônomo

O nervo vago conecta o cérebro a diversos órgãos vitais, como coração, pulmões e intestinos. Cerca de 80% de suas fibras são aferentes, transmitindo informações dos órgãos para o cérebro, enquanto os outros 20% são eferentes, enviando comandos do cérebro para os órgãos. Ele é uma parte crucial do sistema parassimpático, ajudando a desacelerar a frequência cardíaca, reduzir a pressão arterial e promover relaxamento. O equilíbrio entre os sistemas simpático e parassimpático é essencial para a manutenção da homeostase. Quando esse equilíbrio é interrompido — por exemplo, devido ao estresse crônico — ocorre disfunção autonômica, levando a condições como ansiedade, depressão e inflamação crônica.


Impacto Emocional do Nervo Vago

Pesquisas recentes mostram que o nervo vago está diretamente envolvido na regulação emocional. Ele influencia áreas cerebrais como o córtex pré-frontal e a amígdala, que estão diretamente relacionadas ao processamento de emoções. Estudos com animais demonstraram que estímulos vagais podem restaurar padrões neurais associados ao estresse e melhorar comportamentos relacionados à ansiedade. Além disso, o nervo vago desempenha um papel importante na comunicação bidirecional entre o cérebro e o intestino — conhecida como eixo microbiota-intestino-cérebro. Alterações nesse eixo afetam negativamente a saúde mental, contribuindo para sintomas de depressão e ansiedade. A estimulação do nervo vago tem mostrado efeitos anti-inflamatórios significativos, ajudando a mitigar esses sintomas.


Respiração profunda: Técnicas de respiração lenta, inspirando em 3 segundos e expirando em 6 segundos, ajudam a ativar o sistema parassimpático e aumentar o tônus vagal

Meditação: A prática regular promove relaxamento e melhora a conectividade entre cérebro e corpo.

Exercícios físicos leves: Caminhadas ou yoga são eficazes para estimular o sistema parassimpático.

Cantar ou gargarejar: Essas atividades vibram as cordas vocais, estimulando diretamente o nervo vago.

Exposição ao frio: Banhos frios podem ativar reflexos vagais.


Neurofeedback como Aliado na Saúde Mental

O neurofeedback é particularmente útil para otimizar a função do nervo vago. Ao melhorar a conectividade entre áreas cerebrais relacionadas ao controle emocional — como o córtex pré-frontal — o neurofeedback pode ajudar a regular melhor os sinais vagais.


 
 
 

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