🧠🔍 Conectividade Cerebral na Psicose: Novas Descobertas Revelam Diferenças Entre Pacientes com e sem Remissão
- Instituto Neurofeedback
- 29 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de abr.

Um estudo liderado pela Universidade Pompeu Fabra (UPF), em colaboração com o Hospital Universitário de Lausanne, identificou padrões de conectividade cerebral associados à remissão da psicose. Utilizando modelos computacionais avançados, os pesquisadores analisaram imagens de ressonância magnética de 88 pacientes nos estágios iniciais da psicose e 128 indivíduos saudáveis. Os resultados, publicados em março de 2025 na Nature Mental Health, mostraram que pacientes em remissão apresentavam aumento na conectividade neural, enquanto aqueles com sintomas persistentes exibiam uma diminuição nessa conectividade. Essas descobertas podem abrir caminho para novas estratégias de intervenção e tratamento para a psicose.
Principais Achados da Pesquisa
1. Conectividade Funcional: Dois Padrões Opostos
O estudo identificou diferenças marcantes na conectividade funcional (FC) entre os grupos analisados:
Pacientes sem remissão: Apresentaram redução na conectividade cerebral em comparação com indivíduos saudáveis. Essa diminuição na comunicação entre regiões neurais pode estar relacionada à persistência dos sintomas psicóticos.
Pacientes com remissão: Demonstraram aumento na conectividade funcional, superando até mesmo os níveis observados no grupo controle. Esse fenômeno sugere a ativação de mecanismos compensatórios, nos quais o cérebro se reorganiza para restabelecer o equilíbrio após a crise.
2. Estabilidade das Redes Neurais e Regulação de Estímulos
Além das diferenças na conectividade, a pesquisa também analisou a dinâmica das redes cerebrais em escala global. Os resultados mostraram que:
Pacientes em estágio III (tanto sem quanto com remissão) apresentaram menor estabilidade local nas redes neurais. Essa instabilidade pode prejudicar a capacidade do cérebro de regular o fluxo de informações, contribuindo para sintomas como desorganização do pensamento e percepção alterada.
Curiosamente, o grupo que alcançou remissão parece ter desenvolvido uma adaptação funcional, indicando que o cérebro pode encontrar caminhos alternativos para compensar falhas na rede neural.
Implicações para o Tratamento e Futuras Pesquisas
Essas descobertas reforçam que a psicose não é uma condição homogênea – existem subtipos com características neurais distintas. Essa compreensão é fundamental para:
✅ Personalizar abordagens terapêuticas, adaptando-as às necessidades específicas de cada paciente.
✅ Aprimorar técnicas de neuromodulação, como o neurofeedback, para estimular padrões saudáveis de conectividade cerebral.
✅ Desenvolver intervenções precoces mais eficazes, melhorando o prognóstico de pacientes após um primeiro episódio psicótico.
Como o Neurofeedback Pode Ajudar?
O uso de tecnologias avançadas para mapear e modular a atividade cerebral, através do Neurofeedback, pode auxiliar na regulação de redes neurais disfuncionais. Com base em evidências científicas como essas, é possível:
🔹 Identificar padrões alterados de conectividade em pacientes com psicose.
🔹 Treinar o cérebro para melhorar sua capacidade de autorregulação.
🔹 Acompanhar a evolução do tratamento por meio de métricas objetivas.
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